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PRECISAMOS DE CORAGEM

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I – O que é Coragem?


Em tempos de turbulência, quando a violência ideológica e a ameaça às liberdades se erguem como sombras sobre a vida, uma palavra ressoa com urgência: coragem. Mas o que é, afinal, essa virtude que atravessa os séculos e sustenta os grandes momentos da história?


1. A Coragem na Filosofia Clássica


Para Platão, a coragem é a firmeza da alma diante dos perigos, especialmente quando se trata de defender a verdade reconhecida pela razão.


Aristóteles a define como a virtude do equilíbrio: nem covardia, que paralisa, nem temeridade, que destrói; mas o ato de permanecer justo mesmo em meio ao risco.


Os estoicos deram-lhe uma feição ainda mais profunda: para Sêneca, o corajoso é aquele que não teme o sofrimento, pois sabe que a dor não escraviza quem tem espírito livre.


Marco Aurélio, imperador-filósofo, ensinava que coragem é aceitar serenamente o que não se pode controlar e agir com firmeza sobre aquilo que depende de nós.


2. A Coragem na Tradição Cristã


Nos Evangelhos, a coragem está inscrita no próprio coração da mensagem de Cristo: “não temas”. Jesus a encarna, não pela violência, mas pela entrega ao bem maior, mesmo diante da morte.


Santo Agostinho descreve a coragem como fidelidade à fé em meio ao sofrimento do mundo.


São Tomás de Aquino a eleva à condição de virtude cardeal, definindo-a como a fortaleza que mantém o homem no caminho do bem, ainda que a morte se aproxime.


3. A Coragem nos Grandes Líderes


A história moderna também testemunha a centralidade da coragem.


Winston Churchill a chamou de “a primeira das qualidades humanas, pois garante todas as outras”.


Para Mahatma Gandhi, coragem era a força moral da não violência, a resistência firme contra o mal sem se corromper por ele.


Martin Luther King Jr. viveu essa mesma coragem, escolhendo a justiça diante do ódio racial.


Em síntese…


De Platão a Luther King Jr, de Cristo a Churchill, a coragem aparece sempre como:


• Resistência diante do medo;

• Fidelidade à verdade e ao bem;

• Força que sustenta todas as demais virtudes;

• Capacidade de agir apesar das ameaças.


Portanto…


A coragem não é bravata, não é grito vazio, não é mero instinto de combate. É virtude que une razão, fé e ação moral. É ela que separa os povos que se rendem daquelas sociedades que resistem. É ela que dá grandeza às almas e preserva a dignidade da vida.


II – O Mundo e a Tríade do Mal


Se na primeira parte vimos que a coragem é a virtude que sustenta todas as outras, é ela que se faz necessária diante do desafio atual.


O cenário global está sendo corroído por uma tríade perversa que se apresenta com roupagens distintas, mas compartilha um mesmo núcleo autoritário: progressismo, comunismo e globalismo.


Essas três forças, travestidas de promessas de igualdade e modernidade, ocultam um projeto de poder centralizador, no qual poucos se arrogam o direito de decidir por todos.


São ideólogos que, à maneira dos antigos tiranos, disfarçam a opressão com slogans sedutores. O que se oferece ao povo não é liberdade, mas submissão; não é prosperidade, mas dependência; não é diversidade, mas uniformidade imposta.


O progressismo, sob a bandeira de direitos ilimitados, tenta dissolver valores permanentes como família, fé e responsabilidade individual, reduzindo o cidadão a um ser moldado por decretos estatais.


O comunismo, apesar de suas tragédias históricas, insiste em reaparecer, prometendo igualdade enquanto perpetua miséria e controla pela coerção.


O globalismo, por sua vez, busca retirar das nações a soberania, entregando decisões fundamentais a organismos distantes, sem rosto e sem voto, que pouco ou nada sabem da realidade das comunidades locais.


Essa tríade, unida por interesses e agendas, tenta impor um novo contrato social, no qual o indivíduo perde seu protagonismo e se torna massa manipulável.


O poder se concentra nas mãos de poucos “ungidos” que se veem como salvadores do planeta, mas agem como donos dele. O que desejam não é servir à humanidade, mas governá-la com mão de ferro.


O resultado já pode ser visto:


• censura travestida de regulação;

• perseguição política mascarada de justiça;

• ataques às liberdades de expressão, religião e propriedade;

• manipulação cultural que busca reescrever a história e dissolver identidades.


Um exemplo triste e cruel do resultado da narrativa de ódio do progressismo foi o assassinato covarde do jovem Charlie Kirk, nos Estados Unidos, no último dia 10 de setembro. Fundador do movimento Turning Point USA e uma das maiores vozes conservadoras americanas, Kirk foi baleado por um atirador enquanto discursava em Utah, num evento público de sua “American Comeback Tour”. O governador do Estado classificou o crime como assassinato político. A razão? Kirk era branco, cristão, casado, pai de família e conservador — portanto, na mente dos psicopatas esquerdistas radicais, um inimigo a ser eliminado. Este fato revela como a retórica de ódio que se espalha pelo mundo já não se limita ao debate de ideias: ela avança para o terreno da violência física e da eliminação de quem pensa diferente.


E esse plano nefasto não tem ficado limitado aos métodos acima, mas vem se consolidando através do incentivo claro ao ódio contra os que defendem os valores ocidentais.


Em diversas partes do mundo, o discurso ideológico já se traduz em perseguição física, prisões arbitrárias e até assassinatos de conservadores. A semente que deveria ser de diálogo e liberdade é substituída por violência e tirania.


III – O Brasil


Se no mundo a tríade do mal avança, no Brasil ela já encontrou terreno fértil para se enraizar.


O retrato nacional em 2025 é um mosaico de escândalos, abusos e inversões de valores, diante dos quais a coragem se torna não apenas virtude, mas exigência histórica.


  • Corrupção impune – Todos os presos da Operação Lava Jato, mesmo após devolverem centenas de milhões de dólares roubados dos cofres públicos, hoje caminham livres, leves e soltos. A mensagem é clara: o crime compensa, desde que seja praticado sob o manto da política.


  • Estatais em colapso – Somente em 2025, as empresas públicas já acumulam R$ 8,3 bilhões em prejuízo, o maior em 23 anos. O Estado ineficiente se alimenta do suor do povo, mas não devolve em serviços nem em prosperidade.


  • O assalto ao INSS – Noventa bilhões de reais foram desviados dos aposentados, sem uma única prisão. Quem deveria ser protegido no fim da vida é saqueado sob silêncio cúmplice das instituições.


  • O STF fora de seu papel – Mais de mil cidadãos comuns, sem foro privilegiado, estão sendo julgados pela Suprema Corte, que deveria se restringir a ações de inconstitucionalidade e casos de autoridades. O tribunal tornou-se acusador, juiz e legislador, concentrando em si um poder que não lhe pertence.


  • Criminalização da palavra – Um deputado federal foi preso no exercício do mandato por crime de opinião, em frontal violação a cláusula pétrea da Constituição. Jornalistas e cidadãos são censurados, proibidos de usar redes sociais, como se o direito de expressão fosse concessão do Estado.


  • Isolamento internacional – Enquanto 130 países negociaram tarifas com os Estados Unidos, o Brasil se recusou. Em vez de abrir portas para sua economia, fechou-se por ideologia.


  • A farsa processual – Num mesmo processo, um juiz consegue ser vítima, investigador, acusador e julgador. A imparcialidade, princípio básico da justiça, foi abandonada sem pudor.


  • Perseguição política – Empresários e cidadãos respondem a processos por expressar opiniões, afrontando a Constituição e transformando divergência em crime.


  • Carga tributária insustentável – Desde a posse do atual governo, a cada 37 dias surge um novo imposto. O povo, já sufocado, paga em silêncio o preço de sua própria submissão.


  • Economia em queda – Em julho de 2025, o país registrou déficit de US$ 7,1 bilhões nas contas externas, o pior resultado desde 2019. O descontrole fiscal e os gastos públicos desmedidos corroem a confiança e comprometem o futuro.


  • Urnas sem transparência – O Brasil é um dos três únicos países do mundo que usam urnas eletrônicas sem comprovação física do voto. Pior: questionar melhorias no sistema virou “crime contra a democracia”.


  • Alianças espúrias – O governo brasileiro escolhe como parceiros Hamas, Maduro, Irã e outros grupos terroristas. A política externa, que deveria servir à soberania nacional, se converteu em descalabro moral e diplomático.


  • Um povo resignado – Nossa independência nasceu do inconformismo contra o imposto de 20% imposto por Portugal, o famoso “quinto”. Hoje aceitamos calados uma carga tributária de 40%.


Ontem, dia 11, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão por um suposto golpe que não houve. Julgado por uma turma do STF na qual não poderia estar, sem provas materiais apresentadas — como chegou a reconhecer o próprio ministro Luiz Fux em seu voto — e por três juízes que são seus inimigos declarados, o processo se revelou absolutamente político. Um tribunal que deveria se limitar a questões constitucionais assumiu o papel de acusador e julgador, ignorando princípios básicos do devido processo legal. A mensagem é clara: não se trata mais de Justiça, mas de perseguição e intimidação contra qualquer voz que ouse se opor ao sistema.


IV – O Chamado à Coragem


A história da humanidade é marcada por encruzilhadas.


Em cada uma delas, povos e nações tiveram de escolher entre a covardia da submissão e a coragem da resistência. Hoje, o mundo e o Brasil se encontram exatamente nesse ponto.


Vimos que, para os grandes pensadores, a coragem não é bravata, mas virtude essencial que sustenta todas as outras.


Que no cenário global uma tríade perversa — progressismo, comunismo e globalismo — avança para impor um poder central e sufocante.


E que no Brasil esse projeto já se revela em corrupção impune, censura descarada, perseguição judicial, alianças espúrias e a corrosão das liberdades.


Diante disso, a pergunta que ecoa é inevitável: onde está a coragem que um dia nos fez livres?

O tempo presente exige de nós a mesma coragem que inspirou filósofos, sustentou líderes e moveu povos inteiros.


Mas coragem não é apenas teoria. Coragem é prática diária. É decisão. É disciplina de alma.


Por isso, aqui estão caminhos concretos para exercê-la:


• Não tenha medo de defender seus valores morais, seja no privado ou no público.

• Posicione-se com firmeza pelo que acredita, sem disfarces.

• Defenda sua fé em Deus e sua religião, mesmo quando zombarem dela.

• Não tema cancelamentos ou linchamentos virtuais: eles são medalhas da resistência.

• Não se curve ao politicamente correto, que sufoca a verdade em nome da conveniência.

• Saia do muro: o pior lugar no inferno pertence aos mornos, os que nunca escolhem lado.

• Enfrente a tirania em todas as suas formas, grandes ou pequenas.

• Não relativize o erro: o que é errado precisa ser chamado de errado.

• Defenda sua liberdade e a de sua família, se preciso for, com a própria vida.

• Honre sua família e seu país, mesmo quando o mundo disser o contrário.

• Não associe sua vida ou seu negócio a quem não compartilha valores morais claros e coerentes.

• Não seja covarde: covardia é a morte da dignidade.


A coragem é a linha divisória entre escravos e livres, entre povos que se rendem e povos que resistem.


Sem coragem, nos restará apenas a servidão.


Com coragem, poderemos reerguer a sociedade ocidental e o Brasil como nação livre, próspera e soberana.


O chamado está lançado: ou escolhemos a coragem, ou aceitaremos a tirania e a nossa escravidão.

Marx Alexandre C. Gabriel

Consultor de empresas, conselheiro de administração, empresário, cristão, conservador e teve a coragem de escrever, assinar e publicar este artigo.

1 comentário


Meu amigo! Que a sua mensagem inspire diálogo e não apenas resistência; que, ao lado da coragem, cultivemos também a prudência, a empatia e a esperança, para que nossas ações sejam capazes de construir e não apenas reagir.

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